Depoimento maravilhoso da minha querida amiga virtual Luciana do blog que acompanho: http://lumaedamalu.blogspot.com.br/2014/12/a-cura-da-alergia-alimentar.html
Neste Natal, Papai Noel não precisava me dar nada de presente! Isso porque tudo o que eu mais desejava veio um pouco antes do Natal: a cura da alergia à proteína do leite da Malu.
Deixa eu contar como foi… Depois da consulta com o alergista, do Prick-Test negativo para leite e do TPO sem reações, a Malu foi liberada para beber leite, consumir alimentos feitos com leite e derivados.
Eu planejei uma reintrodução gradativa, oferecendo primeiro alimentos assados feitos com leite (bolos e biscoitos), depois derivados e, por último, leite in natura. Testando cada tipo de alimento por bastante tempo.
Mas, na prática, não aconteceu bem assim, os alimentos foram testados conforme apareciam as oportunidades… Percebi também que era necessário liberar o consumo de bolos e biscoitos feitos com leite na escola, porque como ela faz as refeições por lá, eu não conseguia oferecer em casa.
Uma dúvida que surgiu quando comecei a reintrodução, era se devia contar para a Malu o que estava acontecendo, porque nós sempre conversamos muito com ela. Mas, depois de eu trocar ideias com outras mães de alérgicos, eu e o papai conversamos e decidimos fazer um teste “às cegas”, ou seja, não falar nada para ela. Achamos melhor assim para evitar que ela ficasse confusa ou que rejeitasse os alimentos e ainda temendo uma possível reação que nos fizesse voltar a dieta de restrição.
Nos primeiros dias, ela ainda fazia a clássica pergunta: “tem leite, mamãe”? E nós dizíamos que não tinha leite. Mas, aos poucos, parece que ela percebeu que alguma coisa tinha mudado… Talvez por não estarmos mais tão atentos ao que ela comia e nem enchendo a cabeça dela com as recomendações sobre não comer nada que não fosse dela. Logo começou a demonstrar mais curiosidade com os alimentos, principalmente, nos supermercados e padarias, o que antes não acontecia, e deixou de perguntar sobre o leite.
Além dos biscoitos e bolos, outros testes foram acontecendo… Um bombom oferecido como sobremesa num churrasco, um salgadinho com queijo num batizado, um danoninho na casa da madrinha… até que chegarmos ao pão de queijo da padaria, o brigadeiro do café do shopping, o sorvete, a pizza com queijo! E, graças a Deus, nenhuma reação! A não ser a alegria estampada no rostinho dela cada vez que experimentava algo diferente ou que comia o mesmo que todos os demais.
Mas nem tudo foi tranquilo… Com um pouco mais 30 dias de testes, um aumento da secreção nasal e crises de tosse, me fizeram pensar em uma reação alérgica. Mas iniciamos um tratamento para rinite alérgica e os sintomas foram embora, graças a Deus!
Eu precisei também enfrentar o medo e a resistência que eu criei ao leite de vaca (depois de tudo o que eu li, tenho certeza que leite de vaca é para bezerro e foi um grande erro o homem começar a consumí-lo). No início, eu me sentia como se estivesse dando veneno para a Malu! Mas como não podia exigir que ela continuasse em restrição, optei por continuar evitando o leite nas receitas em casa, até por conta da minha intolerância à lactose, mas liberar o consumo de alguns derivados e fora de casa, em ocasiões especiais.
Na verdade, como ela já está com mais de 3 anos e meio, com hábitos alimentares e paladar praticamente formados, ela nem gosta de alguns alimentos, principalmente doces. Também não gostou de queijo e não toma leite nem com achocolatado. Mas em compensação, se apaixonou por pão de queijo!
Ah, se você me perguntar porque eu demorei tanto para contar essa novidade, eu te digo: eu estava morrendo de vontade de publicar aqui no blog, mas achei melhor esperar um pouco e ver se tudo dava certo mesmo… Mas agora, com quase 3 meses de testes (considerando que a Malu era alérgica mediada), não acredito que possam haver novas reações.
Enfim, a cura chegou! Confesso que eu tentava não pensar muito em quando esse dia iria chegar, mas claro, nunca deixei de desejá-lo.
Eu gostaria que toda mãe que tem um filho alérgico pudesse experimentar essa sensação de leveza que vem com a cura.
É essa a sensação que eu tenho: de uma vida mais leve! Com menos preocupação, menos trabalho e algumas pequenas alegrias, antes esquecidas, como tomar um café no shopping ou comprar um pão de queijo na padaria.
Nesse momento, eu tenho vontade de escrever tanta coisa, mas não posso deixar de agradecer:
Em primeiro lugar, a Deus, por ter me dado forças para superar as dificuldades, e saúde para a minha filha, apesar da alergia.
Pela parceria do meu marido, que mesmo achando que eu era um pouco exagerada, sempre respeitou as minhas opiniões com relação à alergia e me ajudou nos cuidados.
Pela compreensão dos meus familiares e amigos, que pacientemente ouviram as minhas explicações sobre alergia (lembrem-se sempre que não existe alergia à lactose, viu?) e foram cobaias das minhas receitas.
Por ter me tornado uma mãe melhor, mais dedicada, mais esforçada e ciente da força que uma mãe tem quando precisa defender a sua cria.
Por tudo o que eu aprendi sobre alergia alimentar e a culinária sem leite.
Pelas amizades que fiz nos grupos virtuais de mães, fontes de apoio, colo e informação.
Preciso dizer também, que mesmo com a cura, eu vou continuar sendo uma mãe APLV e desejando um mundo melhor para famílias que enfrentam a alergia alimentar:
Com mais pesquisas sobre as alergias alimentares e seus possíveis tratamentos.
Com mais profissionais de saúde mais qualificados para diagnosticar e tratar a alergia.
Com mais informações chegando à população, para que as pessoas conheçam, respeitem e auxiliem na inclusão dos alérgicos.
Com informações claras e verdadeiras nos rótulos dos alimentos (Conheça o movimento Põe no Rótulo https://www.facebook.com/poenorotulo?fref=ts ).
Por fim, para as mães e pais que estão nessa caminhada, o que tenho a dizer é que tentem tirar o foco da alergia e levar a vida o mais leve possível. Que não pensem muito em quando a cura vai chegar, mas que mantenham a fé, pois um dia ela chega!
Amei estar no seu blog mais uma vez! Muito obrigada pelo carinho e parceria.
Um grande abraço!
Descobri há menos de 20 dias, que minha filhinha amanhã com três meses, tem Aplv, então iniciei a dieta sem leite e derivados para continuar a amamentaçao, graças a Deus ela melhorou bastante! Cada vez que trocava uma fraldinha e via sangue doia muito em mim, ficava imaginando como ela não sofria também! Estou aos poucos me informando mais sobre o assunto e procurando blogs e mães com a mesma situação, fiquei muito feliz em ler este depoimento, do dia da cura, Amém!!! Tenho fé também que quando chegar a vez da minha garota linda, serei tão grata quanto as lindas palavras da mamãe de Malu.
Meu marido também, diz que estou louquinha! Mas faço e farei sempre tudo por ela!
Não conhecia o blog, mas, procurando no google, me identifiquei com link, só que ao contrário, porque eu sou pura neura. Minha pequena tem aplv, está com 1ano e 4 meses. Estamos de dieta faz 5 meses… ela mama no peito, ainda bem! Tem o IgE alto 159), a lactoglobulina mais elevada que as outras (caseína e lactoalbumina).
Aqui em casa nem entra mais nada com leite… o problema são os familiares que não entendem e acham que somos exagerados. Eu sou muito medrosa porque minha pequena frequenta escolinha. Lá todos cuidam e compreendem, mas meu coração é aflito.
Sonho com o dia da cura. Muito feliz por vocês e pela cura da alergia da tua pequena. Felicidades ❤
Olá Eveline… o nome do blog foi assim escolhido justamente por isso, pq é mt dificil ser “sem neura” =) Entendo vc mt bem… uma pena q a familia pensa q é exagero, infelizmente isso é bem comum. O dia da cura chegará, confie! Um abraço!