Desconfia de APLV?

Olá! Copio e colo um post muito interessante, cheque também o blog desta nutricionista, muito bom!

FONTE: http://nutricionistainfantil.blogspot.com.br/2013/09/desconfia-de-alergia-ao-leite-de-vaca.html

Seu filho apresenta um desses sintomas, ou vários deles: choro incessante, cólica, refluxo, diarréia, irritabilidade, vômitos, sono agitado, dificuldade em mamadas, insuficiente ganho de peso, sangue nas fezes, angiodema, manchas pelo corpo, eczema, dermatite atópica, chiado, prisão de ventre, disfagia, tosse, congestão, gases, colite, repetidas histórias de infecção de ouvido…
Vá ao pediatra. Converse com ele e tire suas dúvidas. Mas converse muito mesmo. Tem sintomas gastrointestinais (ligados aos trato digestivo)? Exemplo – sangue nas fezes? Procure um gastropediatra. Atenção. Aqui, fazer exame de rast, imunocap, Ige, pode não dar nenhum diagnóstico. Provavelmente vai dar negativo, e isso não significa que o seu filho realmente não ter alergia. Aqui você também pode fazer exames de sangue oculto nas fezes e pode dar positivo, ou negativo.
Tem sintomas de pele, como dermatite atópica? Vá a um pediatra alergista. Atenção, aqui você pode fazer os mesmos exames, mais o prick test e pode dar positivo, ou não. Os profissionais precisam fazer várias questões sobre sintomas, duração, quanto de alimento teve contato e se a criança tem sintoma logo após consumir o leite ou não.
E se os exames podem dar falso negativo, o que fazer?
O jeito pra você ter certeza (chamamos de padrão ouro no diagnóstico de alergia alimentar) é o teste de provocação oral. O teste é o seguinte: tirar ABSOLUTAMENTE TUDO de leite da mãe, quando amamenta, e da criança, se é amamentada ou não. Pra fazer um teste bem feito, pra não ter dúvidas, não pode furar a dieta. Lembre-se, é o teste diagnóstico. Se a mãe amamenta, vai tirar leite e traços de leite de sua dieta. Tirar cremes corporais e sabonetes com leite também é importante – lembre-se os bebês “lambem” as suas mães. Se a criança come, nada de leite ou traços de leite pra criança. Nessa hora, precisa sim, trocar mamadeira, esponja, panela que já tenha contato com o leite. Isso favorece o diagnóstico. Se a mãe não amamenta, precisa introduzir uma fórmula extensamente hidrolisada, ou uma fórmula de aminoácidos (o famoso Neocate). E tomar os mesmos cuidados citados acima com a criança
É aí que eu entro, a nutricionista…. pra indicar essa alimentação, alimentos sem leite, uma possível suplementação, pra tirar dúvidas. A ESPGAN recomenda que um nutricionista esteja envolvido nesse tramite. Procure um nutricionista que trabalhe com alergia alimentar e crianças… Aí, depois de 2 a 6 semanas – geralmente é o profissional de saúde que decide- tem que provocar. Como? Reintroduzindo o alimento na vida da criança. Se ele estava bem, e com a reintrodução, ele piora, é alérgico. Se não fez diferença, não é alérgico. E já dá pra saber se a criança é IgE mediada – o que significa, a grosso modo na parte prática, ter sintomas assim que entra em contato ou IgE não mediada, que tem sintomas depois de passar um tempo.. Mães, não fiquem com pena de fazer provocação.. essa parte do processo é importante… Em alguns casos, tem que fazer a provocação no hospital, isso é muito importante!
Simples assim? Simples nada, é bem complexo fazer tudo isso. Mas é necessário. Não dá pra falar.. ” eu acho que ele tem…” Tem que saber. E pra saber, tem que fazer teste de provocação. E tem que reintroduzir. Se não for assim, vai ter criança com alergia sem fazer restrição e vai ter criança sem alergia com um monte de restrição.
Confirmou diagnóstico, espere estabilizar, e veja, junto com o profissional da saúde, se seu filho é o tipo que reage ou não a traços. Proibir traços de leite nessa fase, é pessoal. Tem criança que reage, e criança que não reage. O seu filho é único, uma indicação única será feita pra ele. Tem criança que reage só ao passar no mercado na parte de laticíneos, tem criança que come algum alimento com traços, e fica bem. Os últimos consensos e documentos sobre alergia confirmam: pode fazer diferença sim, a quantidade de alérgeno, dependendo da criança.
O foco será, mas pra frente, introduzir esse alimento na vida da criança. Até lá, tem alguns passos importantes. Mas por enquanto, acho que esse guia pode te ajudar.
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2 comentários sobre “Desconfia de APLV?

  1. Minha dúvida era exatamente se era necessário ou nao trocar as mamadeiras e utensílios que já tenham tido contato com o leite de vaca, pois a maioria dos sites que falam da APLV falam muitas coisas, mas nao especificam isso, o que tb é extremamente importante qdo se fala de restrições e tratamentos. Obrigada!

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